BOM DIAAAAA!
Hoje é o último dia do mais badalado desfile de moda do Brasil, ou seja está findando o SPFW - temporada outono-inverno/2015. Sabe-se que o mercado de moda no Brasil é oscilante e o processo de criação até chegar às lojas para o consumidor passa por uma cadeia de produção, tendo como um entrave os juros altos que assolam o Brasil. Todos sabem que o preço de uma roupa passa por vários elementos intangíveis, embora os custos tangíveis são considerados, como o nome da marca, razão pela qual o preço da peça é mais cara do que o da sua produção.Quando se lança uma coleção o objetivo é que as roupas cheguem para lojas de multimarcas ou para as próprias lojas da marca.O problema não é apenas vender, mas saber vender no lugar certo.E quem compra uma roupa de marca?Depende da marca porque só poucas pessoas têm acesso ao mundo do luxo que é definido por um conceito, pela cultura que legitimizam a marca.
Vamos curtir o que passou?
O processo criativo de uma coleção leva uma grande dose de sensibilidade, de criatividade, que também inclui talento para o trabalho com a moda.Aprecio a moda justamente porque requer um planejamento que floresce no tempo em um processo de investigação, de um olhar sempre novo para que o estilista encontre inspiração para transformação de um novo tema e assim desenvolvê-lo nas roupas. Gosto do trabalho de Ronaldo Fraga que sempre traz temas de reflexão e sua coleção intitulada "A cidade sonâmbula" apostou numa reflexão do espaço urbano que é cada vez mais igual, sem uma identidade própria e as pessoas não dormem ou não acordam, daí os olhos pintados no rosto das modelos, olhos parados em um mundo disperso em que não há parada.Muita gente não gosta de pensar, eu gosto.Além disso, o estilista incentivou a adoção de animais levando uma cadelinha para a passarela.Amei!
O melhor de um desfile são as referências que os estilistas capturaram e deixaram nas passarelas apresentando o caráter conceitual da coleção, a criação das roupas, os materiais, os tecidos.Aprecio as estampas criativas, o mix de sopreposições, as cores, a harmonia não deixando nada exagerado, mas bonito de se apreciar e desejar, né?Gostei da coleção de Vitorino Campos, de Glória Coelho bem invernal e as estampas de Têca por Hêlo Rocha.Chiquérrimas!
A marca Gig trouxe estampas bem diferentes, porém o modelos, o corte das roupas são bem simples, sem grandes novidades.A estilista Patrícia Vieira montou uma sala de aula na Faculdade de Belas Artes para sua apresentação e explicou como cria suas peças em couro.Achei bacana a ideia de fugir do óbvio da passarela.Aliás confesso para vocês não gosto do comum, gosto daquilo que é impactante, sem ser exagerado ou brega.Gosto é da criatividade no sentido mais amplo de sempre trazer o novo, sem muita cópia porque tudo já foi feito, tudo já passou e na moda sempre há o retorno de referências.Gostei das coleções de Juliana Jabour e Lino Villaventura. Podres de chiques. Queria estar lá para ver tudo de perto.Mas fico por aqui mesmo acompanhando no meu vício que é a net.
STOP.
Amanhã retorno com a cobertura do último dia do SPFW/2015.Obrigada pela sua visita ao Blog.
Té logo, bye-bye.
Beijinhos,
Fatinha Paes
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